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ministro da saude_1«Acabaram as macas nos corredores das Urgências e no Internamento no Hospital de Portimão». A afirmação é do ministro da Saúde, que esta tarde fez uma visita-surpresa a esta unidade hospitalar para «para observar in loco os resultados das obras de requalificação e reorganização do Serviço de Urgência».

Paulo Macedo, em declarações ao jornalistas no final da visita, salientou que, após as remodelações feitas nas Urgências e em algumas zonas e enfermarias do Internamento, e que em muitos casos passaram por trocar espaços comuns e de estar por outros para colocar camas e outros serviços de apoio, «o hospital de Portimão, tal como o de Faro, deixa de ter macas nos corredores e pessoas atendidas em condições menos positivas».

As obras no Serviço de Urgência em Portimão ficaram concluídas em Junho passado e já estiveram operacionais ao longo do Verão.

O ministro acrescentou que, numa «exceção à política nacional», o Algarve teve um «reforço de camas». O hospital de Faro teve este ano «mais 27 camas, resultando das adaptações nas enfermarias», um número que se junta às «mais 50 camas que, no ano passado, abriram no hospital de Faro».

Numa tarde aparentemente feita apenas de boas notícias, o governante anunciou ainda que «a compra de novos equipamentos já [está] autorizada para dotar as enfermarias de melhores condições».

Por outro lado, Paulo Macedo disse querer «reafirmar a importância do hospital de Portimão, quer do hospital em si mesmo, quer da sua maternidade», que, garantiu, «é para manter».

Procurando contrariar a ideia – e a experiência diária dos utentes e profissionais de saúde – de que há um desinvestimento na saúde no Algarve (e no país), anunciou que ainda ontem, em Conselho de Ministros, o governo autorizou o recrutamento de «mais 40 enfermeiros» para a região algarvia, «depois de outro recrutamento já autorizado há dois meses».

ministro da saude_2Quanto aos concursos que estão a decorrer, Paulo Macedo disse esperar «ter agora um reforço decisivo com estas mais de 100 vagas que abrimos para o Centro Hospitalar do Algarve», para as quais «temos muitas candidaturas, de acordo com o que o presidente do Conselho de Administração me disse». «Não tivemos nenhuma especialidade vazia [de candidatos]. Não vamos preencher todas as vagas, mas temos uma perspetiva como nunca tivemos em anos recentes», frisou.

Para o Verão, que o diretor do Serviço de Urgências do CHA disse, à chegada do ministro, ter sido «muito tranquilo, embora com muita gente», o Ministério da Saúde contratou «pontualmente médicos para algumas especialidades carenciadas», nos meses de Junho, Julho e Agosto.

Quanto à área de medicina geral e familiar, sob tutela direta da Administração Regional de Saúde do Algarve, Paulo Macedo manifestou a convicção de que, também aqui, os concursos para recrutamento vão correr melhor do que tem sido costume nos anos mais recentes. «O senhor presidente da ARS diz-me que espera que haja um número significativo de vagas a ser ocupado».

As instalações remodeladas das Urgências e do Internamento foram visitadas em passo quase de corrida pelo ministro Paulo Macedo, acompanhado pelos presidentes do Conselho de Administração do CHA e da ARS, e ainda pelos presidentes das Câmaras de Portimão e de Monchique, diretores de serviços e enfermeiro-chefe, além de jornalistas.

ministro da saúde_3Na Urgência, as obras passaram pela ampliação da sala de espera interna (amarelos e laranjas), aumentando a sua capacidade de acolhimento, e na ampliação dos balcões de observação médica, bem como na otimização da sala de enfermagem, que agora conta com um espaço de tratamento em cadeirões, permanentemente vigiados pela equipa de enfermagem.

Também a área de Decisão Clínica foi alvo de intervenções que permitiram a sua ampliação em cerca de 90 metros quadrados, bem como a criação de mais oito espaços de tratamento individualizados para doentes em maca.
O aumento e nova organização do espaço permitiu ainda criar uma estação de trabalho para as equipas médicas e de enfermagem, «numa ótica mais funcional e segura», localizada no centro da área de Decisão Clínica, a qual permite uma visibilidade de 360º de todo o espaço e, consequentemente, uma maior vigilância dos doentes.

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