O contrato da empreitada de reabilitação e reforço estrutural da Ponte D. Maria, em Lagos, que vai custar 870.044,27 euros, foi assinado esta quinta-feira, dia 21 de agosto, entre a Câmara Municipal de Lagos e a empresa Extraco Construccións e Proxetos S.A.
A empreitada tem um prazo de execução de 240 dias, de modo a estar pronta «até Junho do próximo ano», revelou Joaquina Matos, presidente da Câmara de Lagos em declarações ao Sul Informação. Para isso, as obras deverão arrancar já no mês de Setembro, «com a montagem de estaleiros». «Queremos que a ponte esteja concluída para ser utilizada no próximo Verão», acrescentou a autarca.
A Ponte D. Maria II, que está interdita ao trânsito automóvel desde 11 de Fevereiro de 2012, por ordem da Câmara, depois de uma inspeção do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) ter detetado problemas na estrutura, liga as duas margens da ribeira de Bensafrim, entre a cidade de Lagos e a zona da Marina e Meia Praia.
Joaquina Matos explicou ao Sul Informação que a intervenção passa pela «requalificação da parte antiga da ponte, nomeadamente dos seus arcos característicos, que serão reforçados por estacaria. Por cima, levará um tabuleiro inteiramente novo, prevendo a empreitada a sua pavimentação, a eletrificação, a passagem de todas as infraestruturas que hoje usam a ponte para uma posição menos visível».
«Haverá, como costumo dizer, «duas pontes de épocas diferentes sobrepondo-se no espaço», sublinhou a presidente da Câmara de Lagos.
A autarca adiantou também que, nesta nova versão da Ponte D. Maria, «será alargado o tabuleiro, permitindo assim o regresso do trânsito automóvel, mas será também uma obra muito generosa para os peões e ciclistas». É que, revelou, a ponte será dotada de duas largas faixas para peões e ciclovia, com 2,5 metros e 3 metros de largura, em cada um dos lados do tabuleiro. «Será uma forma de prolongarmos o passeio da avenida, que assim passará de um lado ao outro», concluiu Joaquina Matos.
A autarca classifica a adjudicação da empreitada como «um momento muito importante para Lagos», por permitir «avançar com a obra e resolver uma situação de acessibilidades, vital para a ligação entre margens e o bom funcionamento de equipamentos (escolares e outros), das unidades hoteleiras, empresas e comércio, da Marina e infraestruturas portuárias e ferroviárias, que, desde 2012, data em que a ponte teve de ser encerrada por questões de segurança, vinham sentindo prejuízo nas suas atividades».
A empreitada tinha sido sujeita a concurso público internacional, com um preço base de 950 mil euros, acabando or ser adjudicada por um preço inferior.
Quando o concurso foi aberto, em Maio passado, a presidente da Câmara Municipal manifestou a sua «enorme satisfação pelo facto de se ter conseguido dar resposta a um grande anseio da população».
Recordou então que, para este desfecho, muito contribuiu o facto de se ter conseguido a aprovação da candidatura ao PO Algarve21 pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) e a estreita colaboração entre os serviços da Câmara, a empresa municipal Futurlagos, a equipa projetista, Consulmar – Projetistas e Consultores Lda e, ainda, a equipa que promoveu a revisão do projeto, Raiz – Consultores Lda.
Na ocasião a autarca salientou ainda a colaboração, ao nível da celeridade, das várias entidades que emitiram parecer sobre o projeto, nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção Regional de Cultura do Algarve, as Águas do Algarve e a EDP, o que também contribuiu para que fosse possível cumprir a calendarização estabelecida e necessária ao lançamento da empreitada.
A obra será comparticipada em cerca de 65%, por fundos comunitários (candidatura já aprovada ao PO Algarve 21), sendo o restante assegurado pela autarquia. Prevê-se que a obra esteja concluída no final de junho de 2015.
