Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho,
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
Sophia de Mello Breyner Andersen
(Porto, 6 de Novembro de 1919 — Lisboa, 2 de Julho de 2004)