A Câmara de Albufeira instalou abrigos de madeira para acolher as cinco colónias de gatos que existem na cidade. Cerca de cinquenta animais, já esterilizados, vão poder usufruir, a partir de hoje, destas instalações «com boas condições de higiene e efetivo controlo sanitário», segundo a autarquia.
A iniciativa serviu também para assinalar o Dia Mundial do Animal, que se celebra anualmente a 4 de outubro.
A Câmara Municipal adianta que «os abrigos, devidamente identificados, encontram-se localizados na Esplanada Dr. Frutuoso da Silva, Esplanada do Túnel, Miradouro da Rua Latino Coelho (a seguir ao elevador do Peneco), Montechoro e zona da Praia da Oura».
Rogério Neto, vereador da Câmara Municipal de Albufeira com o pelouro da Saúde e Proteção Animal, considera que os animais errantes constituem um perigo real para a saúde pública, e esta foi uma das formas encontradas pela Autarquia para fixar os animais em zonas, onde, à partida, irão regressar à procura de alimento.
«Esta medida permite, por um lado, defender os direitos dos animais e, por outro, através do recurso à esterilização, assegurar o controlo da população de gatos, reduzindo o nascimento de novas ninhadas», explica Rogério Neto.
A esterilização e controlo sanitário das colónias estão a cargo dos Amigos dos Gatos do Algarve (AGA) e do Serviço Municipal de Veterinária do Município de Albufeira.
Em paralelo a esta medida, a autarquia albufeirense deu início à campanha “Adote, Cuide, Esterilize”. Através da distribuição de flyers e afixação de cartazes e MUPIS, a iniciativa «pretende sensibilizar a população do concelho e os turistas que nos visitam para o problema do abandono de animais. Em Portugal estima-se que são abandonados anualmente mais de 10 mil animais, que são sujeitos a maus tratos e sofrimento físico e psicológico, acabando muitas vezes por sucumbir vítimas de fome, doenças e acidentes».
Segundo a Câmara, «em Albufeira são recolhidos, por ano, aproximadamente 300 animais errantes. Alguns, graças à informação disponível no microchip, são facilmente identificados e devolvidos aos donos, outros são encaminhados para Associações de Proteção dos Animais com as quais a Autarquia mantém protocolo, alguns têm a sorte de ser adotados através do Serviço Municipal de Veterinária, enquanto os restantes permanecem no Centro de Recolha da Autarquia até que se encontre uma solução definitiva».