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cerimonia-de-assinatura-dos-contratos-locais-de-seguranca-c-m-loule-mira-4Os municípios algarvios assinaram ontem, segunda-feira, Contratos Locais de Segurança (CLS) com o Governo. O acto oficial de assinatura do acordo entre a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve e o Ministério da Administração Interna contou com a presença dos presidentes da maioria das câmaras algarvias.

Esta nova geração de protocolos vai «muito além do sentido estrito da segurança», e já integra «a premissa de que a prevenção criminal não é uma ação exclusiva das forças de segurança», enquadrou a Câmara de Loulé, anfitriã da cerimónia.

A segurança, na visão da ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa, que presidiu à sessão, «tem que ser concertada com vários departamentos governamentais e contar com o envolvimento de várias áreas corporativas, desde a educação à ação social, passando pelo trabalho ou urbanismo».

Ministra Admin Interna Constança Urbano de Sousa

«É da conjugação de todas estas forças que podemos incidir para eliminar as vulnerabilidades em termos de segurança», acrescentou o membro do Governo, salientando a importância do poder local nesta equação.

Constança Urbano de Sousa aproveitou a ocasião para anunciar irá reservar uma verba de meio milhão de euros destinados aos riscos sociais. Por outro lado, alertou para o facto dos resultados não serem instantâneos, mas que se irão sentir «a médio e longo prazo», salientando a importância dos protocolos para «um destino turístico de excelência» como o Algarve.

«Não se trata apenas dos milhões de portugueses que elegem esta região como lugar privilegiado para os momentos de lazer, mas também aqueles que optam por aqui viver. Devido à sazonalidade desta região, o verão tem picos de grande concentração populacional, daí que [a segurança] seja uma prioridade do Estado», disse a ministra.

Já para Jorge Botelho, presidente da AMAL, a adesão dos municípios algarvios aos CLS demonstra a «vontade dos municípios algarvios em mostrar, de forma inequívoca, o compromisso em matéria de segurança».

«Várias experiências europeias têm vindo a apontar que a segurança, quando pensada e intervencionada a nível local, pode acrescentar mais valor à segurança nacional porque estando mais próxima dos acontecimentos e dos factos que potencialmente podem ser geradores ou constituir maiores ameaças à segurança, atua preventivamente, podendo mesmo funcionar como um campo de boas práticas», considerou, por outro lado, o presidente da Câmara de Loulé Vítor Aleixo.

Na sequência da assinatura dos CLS, segue-se a elaboração de um Diagnóstico Local de Segurança, «com o objetivo de ver as especificidades de cada um dos municípios. Será então formulado um plano de intervenção para se proceder à implementação das medidas e fazer a sua monitorização e avaliação, adaptando-as à medida em que os resultados são alcançados».

«Neste novo modelo organizacional, o presidente da Câmara Municipal terá um papel importante na medida em que irá presidir à Comissão Coordenadora, que integra também as forças de segurança e um representante da Comissão Interministerial (responsável pela monotorização e avaliação)», segundo a Câmara de Loulé.

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