Uma caminhada, que é também um «roteiro de descoberta da natureza», vai dar a conhecer as zonas húmidas do Trafal e da Foz do Almargem, em Quarteira, no próximo domingo, 29 de Outubro.
A iniciativa está integrada no projeto REASE (Rede de Educação Ambiental para os Serviços dos Ecossistemas), promovido pela Associação Almargem, em parceria com outras entidades.
Para a associação ambientalista, a Lagoa do Almargem é uma zona húmida que «há muito já deveria ter sido classificada como área protegida, devido aos valores naturais aí presentes», por isso, esta caminhada, que vai mostrar o património cultural e natural, é também um alerta para o futuro daquela zona.
João Santos, da Almargem, explicou ao Sul Informação que «o que as pessoas vão ver é a lagoa, o estado em que está, uma situação que se mantém há 30 anos, o que resta do Forte Novo, a Fonte Santa de Quarteira, outro sítio que está completamente ao abandono…».
A caminhada vai ainda passar pela zona do Trafal, «que tem uma relação com outro tema do projeto: a Ribeira do Cadoiço, em Loulé, que muda de nome para Ribeira de Carcavai, e que desagua no Trafal, junto a Vale de Lobo».
João Santos considera que «há que falar sobre a situação do pinhal que existe no Trafal e na foz do Almargem e todo o futuro daquela área».
Os participantes vão ainda poder «ver o que resta de Loulé Velho. Há 30 anos, as pessoas ainda se lembram de ver lá as ruínas e, agora, não vêem coisa nenhuma. As falésias foram sendo derrubadas e agora praticamente já nada resta».
As inscrições para esta caminhada, gratuita, com uma extensão de 7 quilómetros, estão abertas até ao dia 27, às 12h00, através do e-mail almargem@mail.telepac.pt ou dos números de telefone 925 481 986 e 289 412 959.
O ponto de encontro, em Loulé, é o Monumento Duarte Pacheco, às 8h45 e, em Quarteira, será o estacionamento em frente ao restaurante Forte Novo, na extremidade nascente da cidade, às 9h30.
A caminha é executada pela ProActivetour.
O projeto REASE (Rede de Educação Ambiental para os Serviços dos Ecossistemas), financiado pelo Fundo Ambiental, «tem como objetivo central capacitar, no Algarve, docentes e outros técnicos de Educação Ambiental, sensibilizar crianças, jovens e a população em geral para a importância dos ecossistemas como prestadores de serviços ao nível do Planeta e da Humanidade», explica a Almargem.