«Camilo… Maria Luísa… Amado… Dona Ana… Manuel Lourenço… Evaristo… Praias com nomes de pessoas. Cheias de luminosidade e pureza, entranhadas na memória coletiva, desde tenra infância. Mas este paraíso está perto de ser destruído, de ser negado às próximas gerações. As belas praias de águas límpidas estão ameaçadas pela ganância da exploração de petróleo».
Este é o ponto de partida da campanha «The Last Beach» (A Última Praia), que passa, entre outras coisas, pela divulgação de um vídeo com imagens que rapidamente passam do belo ao horrível.
Uma agência de publicidade e uma produtora aliaram-se à causa da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP) e desenvolveram peças de comunicação complementares que farão parte do percurso de comunicação da causa.
Em comunicado, a Plataforma critica «os anteriores Governos de Portugal» por terem «criado condições e incentivos para a prospeção, pesquisa, e exploração de hidrocarbonetos na nossa terra, no nosso mar».
Para fazer este vídeo, a agência de publicidade Human Creativity reuniu «uma equipa multidisciplinar e multicultural, de forma a criar uma campanha com uma mensagem emotiva e que desperte a consciencialização global de uma forma insightful», explica a PALP.
A estratégia de reunir uma equipa internacional (a agência teve contribuições de profissionais de Portugal, Hong Kong, Malásia, Polónia e Brasil) respondeu à necessidade de «uma abordagem global para um problema no nosso país».
A produção do filme esteve a cargo da Sons of Liberty. “The Last Beach” é uma campanha disponível online «com muitas horas de escrita, de direção de arte, de pós-produção, de olho clínico, que em muito amplificará a mensagem da Plataforma Algarve Livre de Petróleo».
A Krypton Produção, por seu lado, focou-se na criação de um filme informativo que resume a problemática em apenas 3 minutos.
«Qualquer cidadão poderá compreender de forma clara a gravidade que a prospeção, pesquisa e exploração de petróleo constituem para um dos maiores tesouros da costa portuguesa. Através de infografia simples e de um script muito simplificado, será agora extremamente fácil perceber a realidade de um processo que poderá ser fatal para Portugal», acrescenta a PALP.
«Ainda não é tarde para lançar o alerta sobre os riscos inerentes a este tipo de atividade na nossa maravilhosa costa e no mundo. Mas já fica tarde para nos mantermos indiferentes».
«A PALP já entregou na Assembleia da República a petição que pode salvar os interesses de todos nós, cidadãos. E acima de tudo, do nosso frágil ecossistema. Mas não chega».
Por isso, a Plataforma apela à população para que passe a mensagem, que partilhe os vídeos, utilize as imagens, assine a areia da praias preferidas e partilhem com o hashtag #thelastbeach.