O período crítico dos incêndios está aí, o que levou diferentes Câmaras do Algarve a lançar programas especiais de prevenção de incêndios. Castro Marim, Portimão e São Brás de Alportel anunciaram a colocação de equipas próprias no terreno e tomaram medidas para tentar evitar que haja fogos no seu território, dando uma ajuda ao dispositivo de combate a incêndios (DECIF) do Algarve.
Em 2016, dia 1 de Julho foi, mesmo, o início da época dos fogos, no Algarve. O primeiro dia da fase Charlie, a que inspira maiories cuidados e durante a qual há mais operacionais e meios da Proteção Civil de prevenção, acabou por ser marcado por um incêndio de grande dimensão em Monchique.
No mesmo dia, ali bem perto, Portimão ativou o Destacamento Sazonal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (DFCI) da Senhora do Verde (Mexilhoeira Grande), que permite «reduzir em cerca de 10 minutos o tempo de chegada a ocorrências na zona de maior perigo de incêndio florestal no concelho de Portimão», no período mais crítico do dia, segundo a Câmara de Portimão.
Esta unidade, composta por um veículo florestal de combate a incêndios e cinco bombeiros, estará estacionada, até 30 de Setembro, na antiga escola primária da Senhora do Verde, com o apoio da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande.
«No quartel do Corpo de Bombeiros de Portimão manter-se-ão, durante a fase de perigo que merece maior empenhamento de meios e recursos, mais uma equipa de combate, uma equipa logística de apoio e uma equipa de reconhecimento e avaliação da situação dedicadas em exclusivo aos incêndios florestais», acrescentou a autarquia portimonense.
Em São Brás de Alportel, a prevenção de incêndios é «uma prioridade encarada seriamnete pelo executivo camarário», que lançou este sábado o Plano de Ação na Prevenção de Incêndios Florestais para o verão 2016, «um trabalho contínuo coordenado pelo Gabinete Municipal de Proteção Civil e Defesa da Floresta, em estreita proximidade com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, a Guarda Nacional Republicana e a Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão», segundo a autarquia são-brasense.
Este plano de ação é composto por 15 eixos principais, que passam pela limpeza de bermas e beneficiação de caminhos, por campanhas de sensibilização, pela constituição de equipas de combate a Incêndios e pré-posicionamento de um veículo com a respetiva equipa na Serra do Caldeirão e pelo funcionamento da Torre de Vigia da Menta, 24 horas por dia, assegurado pela GNR, entre outros.
No dia em que ativou o plano, o executivo da Câmara de São Brás de Alportel esteve com o novo Comandante Operacional Municipal, Vítor Martins e assinalou o início do protocolo entre a Câmara Municipal e o Exército Português, «que garante o patrulhamento do território são-brasense durante o período crítico que se prolonga até ao final de Setembro».
Em Castro Marim, o único concelho da região que não tem uma corporação de Bombeiros, está no terreno, desde o início do mês, uma equipa municipal de intervenção florestal.
Esta unidade, constituída por seis elementos, está dotada de uma viatura 4×4 com um kit de primeira intervenção e vai desenvolver ações de conservação e valorização do património natural e florestal, com o intuito de melhorar o sistema de vigilância e deteção de incêndios, reforçar a fiscalização e garantir uma primeira ação rápida e eficaz.