A Diocese do Algarve diz que a direção da Caritas está a «realizar todos os procedimentos para garantir a absoluta segurança e bem-estar a todos os bebés e crianças que frequentam a Creche Despertar», em Faro, após terem vindo a público notícias que davam conta de alegados maus tratos praticados por duas funcionárias daquele centro infantil.
O caso foi denunciado pelo Correio da Manhã que dizia que estas funcionárias «foram suspensas de funções por alegados maus tratos a vários bebés com idades entre os seis meses e os dois anos de idade».
Face a isto, a Diocese do Algarve esclarece que «a direção da Caritas Diocesana, logo que tomou conhecimento destes acontecimentos, em Julho de 2017, suspendeu de imediato as funcionárias que alegadamente praticaram estes atos e deu início ao respetivo processo disciplinar».
Na notícia do Correio da Manhã, Cátia Marçalo, que até já tirou o seu filho da creche, revela: «o meu filho, com sete meses, vinha com marcas, mas eu comecei por achar que era normal, porque os bebés magoam-se uns aos outros. Só comecei a achar que não quando ele começou a aparecer com sinais que pareciam de unhas, no pescoço, e marcas que pareciam de dedos de um adulto, na cara».
A Creche Despertar é propriedade da Caritas da Diocese do Algarve, que adianta ainda que «a direção da Caritas diocesana tomou providências junto do Ministério Público, para que este organismo investigasse estas alegadas agressões, estando o processo neste momento em segredo de justiça».
«O Bispo da Diocese do Algarve, informado deste processo pela direção da Caritas Diocesana, manifestou-lhe o seu apoio e a sua confiança. Solicitou-lhe, igualmente, que este processo fosse tratado de acordo com as leis em vigor nestas circunstâncias» e «com o conhecimento dos pais em causa», conclui o comunicado.
