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O Comando de Faro da Guarda Nacional Republicana vai passar a contar com mais 113 militares a partir de novembro, um aumento de 10 por cento em relação ao dispositivo permanente atual. O reforço será para o ano inteiro e, de certa forma, permite uma continuidade do habitual reforço de verão, com o qual ainda se irá cruzar.

O anúncio foi feito pelo Coronel Matos Sousa do comando algarvio da GNR, numa conferência de imprensa que serviu para fazer o balanço comparativo da criminalidade nos primeiros 9 meses do ano. Uma análise que revelou que a criminalidade até baixou, em 2011, em relação ao ano passado.

Ainda assim, a GNR decidiu reforçar o efetivo na região. Uma medida que está ligada, segundo o Coronel Matos Sousa, a evolução constante dos criminosos e dos seus métodos. Por outro lado, «o fenómeno da sazonalidade está mais esbatido», pelo menos no que toca à criminalidade.

Mas é um facto que o reforço surge num ano em que a segurança do Algarve foi posta em causa, dentro e fora de portas.

Para o responsável pelo Comando de Faro da GNR, situações verificadas em algumas zonas mais turísticas do Algarve foram empoladas por alguns órgãos de comunicação social, já que se trataram de ocorrências «que se passam em qualquer outro local». «Na vizinha Espanha, os mesmos casos teriam um tratamento completamente diferente por parte de todas as entidades envolvidas», acredita.

Albufeira, um dos concelhos onde vieram a lume mais relatos de crimes com recurso a violência, será um dos concelhos a ter «um reforço significativo de efetivos», além de uma mudança na estrutura do dispositivo local.

Apesar dos media terem focado a sua atenção no concelho de Albufeira, no início do verão, foi em Faro, Tavira e Olhão que mais aumentou a criminalidade em 2011. Olhão viu o número de crimes reportados aumentar em mais de 50 por cento, um fenómeno que a GNR atribui ao aumento de alguns tipos de crime.

«Este aumento está muito relacionado com o roubo de cobre, ouro e máquinas. Também recebemos muitas queixas pelo roubo de alfarroba», referiu. Em Olhão, também houve um aumento das queixas devido a violência doméstica, apesar de a nível regional o número de casos denunciados ter diminuído, em relação ao ano que passou.

Em 2011, a GNR algarvia vai apostar «em novas metodologias», que permitam combater o crime de forma mais eficaz e reforçar a segurança em zonas mais isoladas. Um dos projetos em cima da mesa é a criação de zonas dentro da área de influência de cada posto territorial, onde serão «quase sempre os mesmo militares» a patrulhar, de modo a criar uma relação de confiança com a população.

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