O ex-cônsul honorário de Cabo Verde no Algarve, o arquiteto José Afonso Duarte, faleceu ontem, tendo o seu funeral sido hoje, para o Cemitério de Portimão.
José Afonso Duarte foi o primeiro cônsul honorário de Cabo Verde no Algarve, tendo exercido funções desde os primórdios da independência do seu país, em 1975, até meados de 2013.
Era uma pessoa muito afável e respeitada, quer na comunidade caboverdiana residente na região algarvia, quer entre a restante comunidade e nas instituições e personalidades portuguesas parceiras de Cabo Verde.
José Duarte, residente em Portimão, onde se situava o consulado honorário, foi determinante na solução para os bairros de barracas ocupados sobretudo por cidadãos caboverdianos, não só na cidade de Portimão, como noutros pontos do Algarve, nomeadamente em Quarteira.
Reconhecendo o seu papel na cidade, em 1997, por proposta do então presidente da Câmara Nuno Mergulhão foi atribuído a José Afonso Duarte o título de «cidadão benemérito» de Portimão.
Na proposta então apresentada sublinhava-se as «suas qualidades humanas, cívicas e morais e a forma como se integrou na vida ativa da cidade, tornando-o inteiramente merecedor de grande estima e consideração».
Em Julho do ano passado, quando o ex-cônsul já se encontrava doente, foi a própria Embaixada de Cabo Verde em Portugal a promover, no Portimão Arena, uma festa de homenagem a José Duarte, aberta a toda a comunidade.
José Afonso Duarte, que nasceu na ilha de S. Vicente, quando Cabo Verde era ainda uma colónia portuguesa, veio para Portimão na sua juventude, no início dos anos 60 do século passado, para jogar futebol no Sporting Clube Portimonense.
Acabou por radicar-se na cidade algarvia, onde constituiu família. Trabalhou sempre ligado à área da construção, primeiro como Agente Técnico de Arquitetura e Engenharia, mais tarde como Arquiteto.