Carlos Quaresma, que se fazia passar por presidente da fundação sueca AGAPE, que distribui gratuitamente equipamento médico e hospitalar, foi acusado, pelo Ministério Público de Faro, de 35 crimes de burla qualificada a municípios e instituições de solidariedade social.
De acordo com a acusação, «o arguido, que é emigrante português na Suécia, fez-se passar por presidente de uma fundação sueca que distribui gratuitamente equipamento médico e hospitalar. Desse modo, terá conseguido que mais de trinta municípios e instituições de solidariedade social portugueses lhe entregassem quantias monetárias elevadas, a pretexto de necessidade pagamento de várias despesas que, na verdade, não existiam».
O acusado, que vai a julgamento por tribunal coletivo, terá prejudicado as entidades, segundo o Ministério Público, em mais de 240 mil euros.
Segundo um site não oficial da fundação em Portugal, uma das autarquias que recebeu donativos da AGAPE foi a Câmara de Vila Real de Santo António.
Carlos Quaresma é ex-jogador de futebol e foi também candidato à presidência do Benfica.
O inquérito, no qual foram ouvidas cerca de cinquenta testemunhas, foi dirigido pelo MP da 2ª secção de Faro do DIAP, com a investigação a cargo da Diretoria de Faro da PJ.