O Governo diz ter «condições para garantir que o Algarve tem o seu Verão assegurado, do ponto de vista da saúde». A mensagem foi passada pelo secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado, após uma visita que realizou à unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), na sexta-feira.
«Em termos operacionais os recursos estão no terreno. Este Conselho de Administração, em articulação com a ARS Algarve, tudo têm feito para atrair recursos necessários para o Algarve, e com as medidas implementadas têm, a pouco e pouco, mudado, de forma positiva, a imagem da Região em matéria de Saúde», considerou o membro do Governo.
Manuel Delgado, que visitou as instalações do hospital farense acompanhado pelos membros do Conselho Diretivo da ARS Algarve e do Conselho de Administração do CHA, onde conheceu o novo diretor do serviço de neurocirurgia, que iniciou funções, naquele dia, e contactou com os novos profissionais de saúde das áreas de Ortopedia, Neurocirurgia e Urgência.
o final, disse ter encontrado «profissionais dedicados e equipas bastante empenhadas em ultrapassar os constrangimentos verificados nos últimos anos».
«Este trabalho começa já a dar seus frutos, saio daqui com uma visão muito mais otimista em relação a este Centro Hospitalar», disse, reforçando que os responsáveis pelos serviços públicos de saúde do Algarve «têm conseguido mudar a imagem deste hospital, criando todas condições para resolver os problemas estruturais e organizacionais que afetaram esta unidade nos últimos anos, possibilitando a formação de equipas integradas num novo modelo de organização e disciplina».
Certo é que, logo após ter sido atingida a data apontada pelo ministro da Saúde como o limite para «resolver a maioria dos problemas que estão identificados, no SNS do Algarve», o dia 31 de Maio, a perceção externa era a de que havia muito para fazer, para atingir esse objetivo.
Como o Sul Informação deu conta, no início de Junho, tanto para os profissionais de saúde, como para os autarcas da região, passando pelos partidos da oposição, a opinião era de que pouco havia mudado, desde Março, altura em que Adalberto Campos Fernandes se comprometeu a resolver os problemas da Saúde do Algarve.
Visão diferente tinha a ARS do Algarve, que garantia, há cerca de um mês, que as «dificuldades inaceitáveis» identificadas pelo ministro já tinham sido resolvidas, fruto de um conjunto de medidas que tinham sido tomadas.
Entre elas contavam-se «a abertura de 30 vagas de colocação de especialistas em Medicina Geral e Familiar e o regresso à atividade no Serviço Nacional de Saúde de médicos aposentados», bem como os protocolos assinados entre a Ortopedia do CHA, o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHNL), o Centro Hospitalar Lisboa Central e o Centro Hospitalar de Setúbal, «para apoio à Urgência do Algarve, dois dias por semana», e «na especialidade de Oncologia Médica entre o CHA e o CHLN, para o envio de uma equipa de especialistas para a unidade hospitalar de Portimão».