A Lagoa dos Salgados, no Algarve, vai receber uma atividade de remoção de chorão levada a cabo pela SPEA, Quercus, A Rocha e a Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados, com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente e do Município de Silves. A atividade está planeada para o próximo 15 de Março, entre as 09h30 e as 18h00. Qualquer pessoa se pode inscrever.
A atividade decorrerá durante o período da manhã e irá consistir na remoção manual do chorão-das-praias (Carpobrotus edulis), espécie invasora já abundante na margem sul da lagoa e no sistema dunar.
Na parte da tarde, será dinamizada uma observação de aves, atividade acompanhada por especialistas conhecedores da lagoa.
A organização explica que «esta ação de remoção do chorão é relevante porque se trata de uma espécie fortemente invasora, que compromete o crescimento das plantas nativas, reduzindo o valor natural das áreas que ocupa».
Segundo Domingos Leitão, coordenador do Departamento Terrestre da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), «esta atividade demonstra o interesse e preocupação das pessoas com a conservação da lagoa dos Salgados».
A lagoa dos Salgados é uma área importante para as aves (IBA) reconhecida pela BirdLife Internacional, devido às populações de aves aquáticas ameaçadas que alberga. É um dos locais de observação de aves mais visitados do país, assumindo hoje um papel estratégico do ponto de vista paisagístico, turístico, educativo e ecológico da região do Algarve.
Apesar de existir fundamentação científica suficiente para justificar a sua classificação, a lagoa dos Salgados e a área da Praia Grande permanecem sem qualquer estatuto legal de protecção.
A Plataforma para os Amigos da Lagoa dos Salgados inclui Organizações Não Governamentais (Quercus, SPEA, LPN, Almargem, A Rocha, e Aldeia), empresas de turismo da natureza (ProAtiveTur, Birdwatching Algarve e Birding in Portugal) e órgão de comunicação social regionais (Algarve 123, Algarve Daily News e Sul Informação), tendo entregue em 2013 ao Ministério do Ambiente uma petição para a proteção do local, que conta com mais de trinta mil assinaturas.
Os detalhes da atividade podem ser consultados no site da SPEA.