Vieram de todo o Algarve e mesmo de fora da região, para dar as mãos e formar um cordão humano de protesto contra a prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve. Foi este domingo, na Ilha de Tavira, a culminar o «acampamento anti fóssil» que ali se realizou durante o fim de semana.
No total, participou cerca de uma centena de pessoas, na sua maioria ligadas aos diversos movimentos. Os manifestantes exigiram a revogação imediata dos contratos de prospeção que consideram um risco para o ambiente e para o setor do turismo no sul do país.
No evento de protesto, participaram representantes da Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP), do Movimento Tavira em Transição, de movimentos de Aljezur e Vila do Bispo, outras organizações ligadas ao Ambiente e também a Associação de Pescadores e Armadores da Ilha de Tavira.
Ao longo do fim de semana, a meia centena de participantes no acampamento distribuíram informação aos veraneantes, promoveram sessões de esclarecimento e aproveitaram também para recolher assinaturas para a consulta pública sobre a pesquisa de petróleo no mar, próximo da costa de Aljezur.
Esta consulta pública, que está a decorrer até 3 de Agosto, sobre o pedido de pesquisa de petróleo no “deep offshore” da Bacia do Alentejo, a 46,5 quilómetros da costa de Aljezur, feito pelo Consórcio ENI/Galp, é, aliás, a prioridade dos movimentos e associações que lutam contra a exploração de petróleo em terra e no mar, no Algarve.