Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

«Faz 5 anos desde a publicação da Lei que definiu a obrigatoriedade de identificar o amianto nos edifícios públicos e o “Levantamento” continua por concluir!», denunciou hoje a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza.

Para a associação ambientalista, de modo a assumir-se que o “Levantamento” estaria concluído deveria ter sido feitos alguns procedimentos, ainda não concluídos: «identificação da totalidade dos materiais com amianto, promoção de análises a concentrações de fibras respiráveis, avaliação do risco de exposição dos trabalhadores e ocupantes dos edifícios ao amianto, sinalização das situações prioritárias com a definição de medidas para prevenir ou minimizar a exposição, com a emissão de um plano de ação para o amianto».

A Quercus salienta que «o trabalho que foi realizado e que foi disponibilizado no Portal do Governo correspondeu a uma apreciação a cerca de 13 mil espaços públicos, executada num prazo reduzido de três meses, onde somente foram identificados os locais que presuntivamente poderão conter amianto, e em alguns casos apenas a coberturas em fibrocimento». Ora, salientam os ambientalistas, este era «apenas o primeiro ponto de todos os procedimentos necessários» para que possa ser classificado como o “Levantamento aos edifícios públicos”.

A Quercus considera, por tudo isso, «insuficiente» o trabalho realizado nos cinco anos que passaram desde a publicação do diploma, tempo que classifica como «razoável» para concretizar o “Levantamento”.

Por isso, a associação pede agora ao Primeiro- Ministro que «defina um Plano de Ação Nacional para o Amianto, que permita estruturar e planear os procedimentos necessários à conclusão deste objetivo».

A Quercus alertou ainda António Costa para «a importância da definição de um interlocutor do Governo que coordene e facilite as diligências para esta temática».

Apesar de comprovado o risco das fibras e a relação casual entre a sua exposição e o desenvolvimento de doenças como cancro (mesotelioma, cancro do pulmão, cancro do ovário, cancro da laringe ou cancro do estômago), que levou a que o amianto fosse considerado “prioritário” pelo Comité Económico e Social Europeu, «em Portugal continuamos a desconhecer onde foi utilizado e se existe exposição, apesar da obrigação para a sua identificação nos locais de trabalho».

Por outro lado, continua a «não haver licenciamento ou acreditação profissional para as empresas que removem o amianto», nem «controlo nas intervenções». De tal forma que, denuncia a Quercus, o amianto é removido sem desocupar os edifícios – prática comum em escolas, não sendo assegurados mecanismos para minimizar a libertação de fibras – não acautelando que os espaços ficam “limpos” após a retirada do amianto.

Finalmente, a ACT «não inspeciona todos os trabalhos com amianto – não há garantia do cumprimento dos planos de trabalho aprovados para as obras».

O amianto teve uma utilização comum, que vai desde as condutas, depósitos e tanques para fornecimento e armazenamento de água, coberturas, revestimentos de tetos e paredes, chaminés, pavimentos, armários, casa pré-fabricadas, tubagens para ventilação, fitas de estore, eletrodomésticos, ou até a “neve artificial” utilizada nas árvores de natal.

sulinformacao

Também poderá gostar

Sul Informação

Algarve 2020 dá 340 mil euros para apoiar formação no setor da saúde

O CRESC Algarve 2020 disponibiliza 340 mil euros de Fundo Social Europeu para “Formação

Sul Informação

Infralobo oferece rastreio de cancro aos seus trabalhadores

Um rastreio oncológico aos trabalhadores da empresa municipal Infralobo foi feito na semana passada

Sul Informação

Revista “Algarve Médico” pode ser «cartão de visita» para chamar mais clínicos para a região

A revista clínica “Algarve Médico”, lançada esta quinta-feira, pelo Centro Hospitalar do Algarve (CHA),