Aquela que era a maior magnólia-sempre-verde (Magnolia grandiflora L.) da Europa morreu no ano passado, em Monchique, mas a vila serrana não quer que ela caia no esquecimento.
Esta terça-feira, no Dia da Árvore, foram plantadas seis magnólias, duas delas perto das ruínas do Convento de Nossa Senhora do Convento, onde, durante séculos, existiu a árvore que era um dos ex-libris do concelho. O Sul Informação acompanhou esta atividade, que contou com a presença de cerca de 80 alunos do 1º ciclo da Escola de São Pedro.
Estas crianças, ao contrário de outras gerações monchiquenses, não vão ter a oportunidade de dar o seu primeiro beijo junto àquela árvore ou de tentar abraçar o seu tronco de mãos dadas, mas Rui André, presidente da Câmara de Monchique quer que guardem também elas memórias da magnólia de Monchique.
«Quisemos assinalar o dia com um momento marcante para o concelho. No ano passado, tivemos a morte da magnólia, que começou a apresentar patologias há dez anos. Depois de muitos esforços para recuperá-la, mesmo recorrendo a técnicos especializados, não foi possível. Dada a sua importância, uma vez que era classificada como a maior magnólia da Europa, entendemos que deveríamos, não só homenageá-la, mas também fazer com que a sua memória ficasse para sempre associada a esta terra e a este local», explica o autarca.
Para isso, «foi decidido comemorar este dia com a plantação de uma magnólia jovem, no mesmo local, para que daqui a uns anos continuemos a ter neste sítio uma magnólia».
Além das duas árvores perto do convento, foram ainda plantadas duas magnólias na Escola EB 23 Manuel do Nascimento e outras duas na Quinta da Vila, perto das Piscinas Municipais.
As crianças que participaram nas atividades não levaram para casa apenas as memórias, uma vez que receberam também um objeto simbólico, feito de madeira da Magnólia do Convento, e um pequeno vaso com duas sementes, «para que possam plantar uma magnólia como esta nas suas casas», concluiu o autarca.
Veja aqui as fotos da atividade:
