O ministro da Saúde Paulo Macedo discursará esta quinta-feira, dia 15, às 18 horas, na cerimónia de abertura do 29º Encontro Nacional de Medicina Familiar, que decorre até dia 17 de março em Vilamoura, no Tivoli Marina Hotel.
Sob o lema “Gerir a Mudança, Gerar Confiança”, a 29º edição do grande evento anual, promovido pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), centraliza uma panóplia de temas pertinentes e atuais acerca dos desafios e das mudanças que os médicos de medicina geral e familiar atravessam e das suas responsabilidades perante este cenário.
Em entrevista ao Jornal Médico de Família, órgão oficial da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, (que será distribuído na próxima quinta-feira, após cerimónia de abertura), Paulo Macedo garante: “os cuidados de saúde primários constituem uma prioridade para nós”.
O ministro adianta ainda que o Governo vai “aprovar as unidades de saúde que as ARS propuserem, desde que esteja assegurada a nossa capacidade de financiamento. Temos de dar apoio e incentivo à evolução das atuais UCSP para o estádio organizacional seguinte, o das USF”.
O aperfeiçoamento dos sistemas de informação, a articulação entre os vários níveis de cuidados e a formação de mais médicos de família, são outras medidas prioritárias enunciadas pelo titular da pasta da Saúde, que irá presidir à sessão de inauguração do 29º Encontro.
“Vamos criar condições dignas para que os jovens especialistas possam preencher as vagas que resultarem das necessidades detetadas nas diferentes regiões. Não podemos perder de vista, no entanto, que temos de contratar os médicos necessários para atingir o objetivo de a todos dar médico de família”, disse ainda Paulo Macedo.
Apontando a necessidade de atrair mais jovens para a MGF, o governante sublinha que esse é um trabalho tem que ser feito a partir das faculdades, ainda muito “hospitalocêntricas”.
Contudo, a tutela compromete-se a reforçar o interesse pela MGF através da abertura de mais vagas para a especialidade, do “esforço de alargamento de USF” e de “oportunidades de ligação à investigação clínica e à academia”.
De acordo com as previsões de Paulo Macedo, até ao final do ano, cerca de 30 unidades de saúde familiar deverão avançar para Modelo B. Quanto aos agrupamentos de centros de saúde, o governante sublinha que “precisam de ser mais eficientes nas suas estruturas centrais”. A sua concentração “poderá contribuir para isso”.
Quase a completar trinta anos de vida, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) celebra a 29º edição do Encontro Nacional, evento que marca o início de uma nova etapa na história da organização.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar sempre foi e continuará a ser uma associação de projeto, inquieta e visionária no seu trabalho em prol da qualidade dos cuidados de saúde primários.
Por este motivo, o 29º Encontro Nacional de MGF confronta os tempos difíceis que vivemos com a vontade inabalável de enfrentar a complexidade dos desafios com que a sociedade civil se depara.