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alterações climáticas_1Os 26 municípios que participam no projeto ClimAdaPT.Local, que pretende criar uma Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC), e dos quais fazem parte Loulé e Odemira, já identificaram as suas vulnerabilidades climáticas futuras e preparam-se agora para avaliar a aplicação de várias opções de adaptação.

A segunda fase de workshops regionais decorreu entre os meses de setembro e outubro e o projeto identificou os eventos climáticos com tendência a ser mais gravosos no futuro.

A precipitação excessiva, que pode provocar cheias e inundações rápidas, ou deslizamento de vertentes e danos em infra-estruturas, são fenómenos que, segundo o ClimAdaPT.Local, «tenderão a ser menos frequentes, mas mais intensos nos próximos anos, de acordo com as projeções».

As temperaturas elevadas/ondas de calor, também preocupam as autarquias. Segundo o projeto, «as projeções apontam para um aumento substancial da temperatura na primavera e no verão ao longo deste século, bem como ondas de calor mais frequentes e uma maior probabilidade de ocorrência de incêndios florestais, derivada da conjugação de situações de seca com temperaturas elevadas».

Também as secas, que «serão progressivamente mais frequentes e intensas até 2100», são outro problema identificado, tal como a andulação forte/galgamento costeiro. Segundo o ClimAdaPT.Local, «os cenários projetados para o ano de 2050 apontam para uma subida do nível médio do mar entre 0,17m e 0,38m, valores que evoluirão para um intervalo entre 0,26m e 0,82m até ao final do séc. XXI. Numa projeção mais extrema em termos globais, alguns estudos apontam uma subida de 1,10m em 2100. Os impactes destes fenómenos serão mais graves se conjugados com a sobrelevação do nível médio do mar associada a tempestades».

ClimAdaPTOs municípios estão, neste momento, a estudar opções de adaptação, e a sua viabilidade vai ser avaliada na próxima fase do projeto.

Entre estas opções a ser avaliadas encontram-se a promoção de corredores/espaços verdes nos municípios, a criação de bacias de retenção para fazer face a inundações urbanas, a opção por culturas agrícolas mais resistentes à seca, a regeneração do cordão dunar, a criação de uma rede de alerta local para eventos extremos, a articulação da EMAAC com Planos Municipais de gestão do território, a revisão do PMDFCI (Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios), e a promoção de ações de educação ambiental.

«Para que o processo de avaliação destas opções de adaptação seja mais interativo e participado, vão ser organizados, pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, entre Outubro de 2015 e Fevereiro de 2016, 26 workshops em cada um dos municípios beneficiários de forma a promover a participação e reflexão conjunta com os diversos atores-chave do município», refere o projeto em nota enviada às redações.

 

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