O número de famílias sobre-endividadas no Algarve manteve-se idêntico ao registado no primeiro semestre do ano passado, anunciou a DECO. As razões para esse sobre-endividamento também são as mesmas: deterioração das condições de trabalho e desemprego.
Os trabalhadores do setor privado são os que mais pedem ajuda à DECO. Segundo a associação, tal está relacionado com a «questão da precariedade da sua situação (contratos a termo, vencimentos baixos, pessoas que foram confrontadas em tempos com desemprego)».
No distrito de Faro, mais de 1300 famílias sobre-endividadas contactaram a DECO, durante o ano de 2015, o que corresponde a 4,6% do total de pedidos de ajuda a nível nacional. Um número muito superior às 870 famílias de 2014.
A delegação regional do Algarve da DECO tem um gabinete unicamente destinado a estas questões: o Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado. Este gabinete destina-se a «devedores que manifestem boa-fé», ou seja, a «situações de dívida resultantes de atos involuntários praticados sem o intuito e prejudicar os direitos do credor», alerta a DECO.