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O Ministério Público (MP) acusou um homem romeno, suspeito de, em 2014, ter matado a enteada, em Aljezur, de cinco crimes: violação tentada, coação sexual, homicídio qualificado, rapto e profanação de cadáver.

Segundo a acusação, o «arguido raptou, tentou violar e matou a filha da sua companheira, desferindo-lhe golpes na cabeça com um instrumento contundente. Indicia-se que depois tentou esconder o corpo e apagar os vestígios do crime».

A vítima foi a jovem Bruna Nunes, que nunca mais foi vista com vida, desde o dia 11 de Dezembro de 2014, quando regressou da escola em Lagos. A jovem não voltou a sua casa, onde vivia com a mãe e o padrasto, na Aldeia Nova, a cerca de um quilómetro de Aljezur. A sua mochila e chaves foram encontradas na casa do avô, no Rogil, mas não havia vestígios dela.

Viria a ser encontrada já morta, quatro dias depois, num ermo perto da sua casa, manietada e com indícios de ter sido abusada sexualmente. A autópsia determinou que a causa da morte foi «laceração do encéfalo com fratura do crânio».

O seu padrasto, pedreiro desempregado, ainda terá ajudado nas primeiras buscas que foram feitas, depois de a mãe ter denunciado o desaparecimento da sua filha à GNR.

Mas um dia antes de o corpo da jovem ser encontrado, o homem desapareceu, levando o automóvel da mulher. Logo aí, se presumiu que o homem tivesse regressado à Roménia, seu país natal, e adensaram-se as suspeitas das autoridades em relação à autoria do crime.

Acabou mesmo por ser na Roménia que, em Janeiro deste ano, o homem foi detido por ordem do MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro.

O arguido está, desde Fevereiro, em prisão preventiva. Este inquérito foi dirigido pela Unidade Local de Lagos do DIAP de Faro, com a investigação levada a cabo pela Polícia Judiciária de Portimão.

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