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Crédito: Depositphotos

O Algarve «não tem o número suficiente de enfermeiros para dar resposta» ao pico de gripe que se aproxima, defendeu esta sexta-feira o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Um dia depois da Administração Regional de Saúde do Algarve ter anunciado que serão colocados, a contrato sem termo, 65 enfermeiros nas unidades de saúde que gere diretamente, os sindicalistas alertam para a situação vivida nos hospitais, que vão perder 40 enfermeiros em Janeiro.

É que, segundo a delegação regional do Algarve do SEP, o mesmo concurso nacional que “dará” 65 enfermeiros aos quadros da ARS, vai fazer com que o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) perca «cerca de 40 enfermeiro em Janeiro/Fevereiro.

«Em reunião com o novo Conselho de Administração do CHUA, o SEP propôs um aumento do mapa de pessoal para 1800 enfermeiros (em maio deste ano trabalhavam 1452)», número que os gestores dos hospitais algarvios consideraram «adequado».

Quanto aos 65 postos de trabalho que serão agora preenchidos, na sequência do concurso nacional para 774 nas diferentes ARS do país, são «insuficientes por duas razões».

«A primeira porque alguns destes enfermeiros já desempenhavam funções nos Centros de Saúde Algarvios em regime de mobilidade. Apenas consolidaram agora o seu posto de trabalho. A segunda porque necessitariam de 146, de acordo com as fórmulas de cálculo de pessoal, necessidade que o SEP diz ter transmitido numa reunião com ARS.

«Para minimizar os problemas que se anteveem, impõe-se que o Ministério da Saúde autorize a contratação imediata de enfermeiros para o CHUA e que abra procedimento concursal para admissão de enfermeiros na ARS Algarve, de acordo com compromissos anteriormente assumidos», exigiram os sindicalistas.

«Estando legislado o Plano de Contingência de Saúde Sazonal (Módulo Inverno entre Outubro e Abril), é inadmissível que até ao momento o Ministério das Finanças ainda não tenha autorizado a contratação de nenhum enfermeiro», concluiu o SEP.

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