A Lancha de Fiscalização Rápida Argos, da Marinha Portuguesa, irá colaborar hoje, dia 11 de outubro, na devolução de uma tartaruga marinha da espécie Caretta caretta ao seu meio natural, após dois anos e meio longe de “casa”.
A “Julieta”, assim se chama a tartaruga-boba, será libertada ao largo de Portimão, após ter estado em tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem.
Este animal foi recolhido por técnicos do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios (CramQ) após ter dado à costa na Praia da Física (Santa Cruz, Torres Vedras) a 21 de Fevereiro de 2011.
Estava envolta em redes de pesca que lhe provocaram lacerações graves em três barbatanas. Durante o internamento no CramQ, foi combatida uma pneumonia e os ferimentos, estando agora apta a ser devolvida ao oceano.
Esta espécie de tartaruga encontra-se protegida por lei e está classificada como em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza, devido à redução da sua população.
A tartaruga será marcada com um emissor de satélite que permitirá, durante um espaço de um ano e meio, avaliar o sucesso da reabilitação e desvendar segredos sobre as suas rotas de migração e deslocação ao longo da costa Portuguesa.
O NRP Argos, atualmente em missão na Zona Marítima do Sul, tem uma guarnição de oito militares e encontra-se ao serviço da Marinha desde 1991.