Suspensão do exercício de funções, proibição de contactos e proibição de frequentarem as instalações da Câmara Municipal de Olhão foram as medidas de coação aplicadas pelo juiz da secção de instrução criminal de Faro às duas funcionárias daquela autarquia, detidas pela suspeita de crime de corrupção, anunciou hoje o Ministério Público.
O inquérito prossegue, sob a responsabilidade da secção especializada de Faro do DIAP.
As duas funcionárias, de 41 e 54 anos, ambas fiscais de obras na Câmara de Olhão e uma delas, segundo o JN, coordenadora dos serviços de Fiscalização municipais, foram detidas na quarta-feira, por suspeitas de prática do crime de corrupção passiva para ato ilícito.
No âmbito da operação chamada “Extranumerário” pela PJ, além da detenção das duas mulheres, foram feitas ainda buscas domiciliárias e na Câmara Municipal de Olhão.
A PJ, que está a coadjuvar o Ministério Público na investigação, explicou que as funcionárias, «recorrendo à sua qualidade profissional, recebiam quantias monetárias de terceiros para a prática de atos contrários aos seus deveres funcionais», ou seja, aceitavam subornos.
Segundo a RTP, as buscas e as detenções, em Olhão, tiveram por base uma denúncia de um alegado lesado a quem terão sido pedidos quatro mil euros para prosseguir obras para as quais não tinham licença camarária.