“A resistência de uma comunidade” dá título à ação de sensibilização contra a exploração de petróleo e gás de xisto, a decorrer no sábado, dia 19 de Março, às 17h00, no Salão dos Bombeiros em Vila do Bispo, e no dia 20 de Março às 17h00, no Espaço+, em Aljezur.
Haverá a projeção do documentário “Nisa contra a exploração de urânio – Um caso exemplar”, seguida de debate, mediado pelo ativista ambiental António Eloy.
Nisa foi palco de uma revolução popular contra a exploração de urânio, tendo o povo conseguido fazer prevalecer a sua vontade face à do governo português, que assinara contratos para exploração numa altura em que outros países a proibiam.
António Eloy é mestre em Economia da Energia e consultor de empresas de energias renováveis, desde 2001, na área da responsabilidade social.
É autor de mais de 40 livros sobre Ambiente, Cultura e Sustentabilidade e tem estado, ao longo dos anos, envolvido em organizações ambientais nacionais e estrangeiras.
Os organizadores explicam que «esta ação será a primeira de muitas, com o intuito de informar e sensibilizar a população acerca dos perigos e desvantagens da exploração de gás e petróleo, numa região que começa a dar os primeiros passos no turismo de natureza, que requer práticas sustentáveis e paisagens bem preservadas».
No Algarve, se se mantiverem as concessões já atribuídas aos consórcios petrolíferos, a exploração será feita mesmo nas áreas protegidas do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, no Parque Natural da Ria Formosa e na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, atingindo mais de uma dezena de sítios geológicos classificados e as áreas dos principais aquíferos da região.