Cervejas portuguesas, espanholas, dinamarquesas, holandesas, Indian Pale Ale, Pilsner, Porter, Lager ou Stout: o Alameda Beer Fest volta a ter cervejas para todos os gostos entre 1 e 3 de Julho, no Jardim da Alameda, em Faro. Depois da primeira edição, que foi visitada por cerca de 30 mil pessoas, a fórmula foi melhorada e, em 2016, há novidades, desde logo a começar pelo aumento do número de cervejeiros.
A um mês do segundo Alameda Beer Fest, a preparação do evento está na fase final. Paulo Santos, vereador e vice-presidente da Câmara de Faro, adiantou ao Sul Informação que para este ano «haverá mais cervejeiros. No ano passado houve 22 e, este ano, serão 30, que foram selecionados de 150 inscrições que tivemos».
Para o autarca, este número de interessados em participar no Alameda Beer Fest atesta o sucesso da primeira edição: «os cervejeiros reconhecem que foi para eles um dos melhores festivais, a par do Art Beer Fest, em Caminha, que é o mais antigo e reconhecido no país» e «todos os que estiveram cá no ano passado quiseram voltar e há muitos outros interessados em vir pela primeira vez».
Apesar deste sucesso, a organização do evento avaliou as questões que podiam ser melhoradas e, segundo Paulo Santos, «encontrámos alguns pormenores. No primeiro dia, tivemos um período crítico por causa das senhas, acima de tudo, porque eram também para comida e não só para cerveja. As pessoas tinham algumas dúvidas em relação às contas e aos custos e a venda acabou por ser demorada, mas corrigimos isso com mais pontos de venda».
Para evitar que um problema deste género se repita, «este ano, toda a parte da restauração não terá senha, será com dinheiro. As senhas apenas se aplicarão aos cervejeiros. Apesar de, no ano passado, os outros dois dias já terem corrido bem, não queremos correr esse risco e a parte da comida sai fora» do sistema de senhas.
As principais cervejas artesanais portuguesas voltam a marcar presença e também haverá cervejeiros de Espanha, Holanda, ou Dinamarca. Há ainda um distribuidor que é a Lupulo Lusa que trará «um conjunto de cervejas americanas, escocesas, ou inglesas», adianta Paulo Santos.
Em relação à animação, voltam a existir dois palcos: um na zona da restauração e outro junto à biblioteca, para além de animação de rua com grupos itinerantes. «Este espírito funcionou muito bem no ano passado. É o que se pretende, um espírito descontraído», considera o autarca.
Apesar de este ser um festival onde a cerveja é “rainha”, o excesso do consumo de álcool não é um problema, porque «o motivo é a degustação. Quem foi no ano passado aderiu imediatamente àquele espírito de consumo consciente. Não tivemos nenhuma situação de excesso na primeira edição, o que é normal nestes festivais. Há a degustação da cerveja pelo prazer de provar cervejas diferentes e de ter um conhecimento desta dinâmica da cerveja artesanal. As pessoas vão neste espírito. Aliás, vamos voltar a ter possibilidade de fazer testes de álcool e, no ano passado, foram feitos 600 testes, sempre dentro dos valores normais», revelou Paulo Santos.
Para o vereador da Câmara de Faro, «o que é importante é que aquele espaço tenha três dias de muita animação e convívio. Este é um evento muito descontraído e simpático. Queremos que se mantenha com esse espírito, para que seja igual ou melhor que no ano passado».
A grande maioria das cervejas custará entre os 2 e os 4 euros, sendo que o copo, que poderá ser comprado para ser abastecido – e reabastecido – nos vários cervejeiros, custa 2,5 euros. «Este ano o copo será um bocadinho diferente, mais “pint“», revela o responsável.
Para além da cerveja, a gastronomia vai marcar presença com showcookings, restaurantes, ou bancas de street food. «O modelo é muito idêntico ao do ano passado, mas com mais cervejeiros, porque em equipa que ganha não se mexe», conclui Paulo Santos.
