A primeira edição da Rota do Petisco nas Terras do Infante, que engloba os concelhos de Lagos, Aljezur e agora também Vila do Bispo, está quase, quase a começar. O arranque será na próxima sexta-feira, dia 5 de Maio, para continuar até 11 de Junho. Serão cinco semanas de muitos petiscos e sabores variados.
Esta Rota conta com a participação de 75 estabelecimentos de restauração aderentes e 11 estabelecimentos comerciais participantes na Rota do Comércio. Nuno Vieira, da direção da associação Teia d’Impulsos, que promove a iniciativa, em entrevista ao programa radiofónico «Impressões», produzido em conjunto pela Rádio Universitária do Algarve e pelo Sul Informação, salientou o «crescimento» conseguido do ano passado para este, não só no número de restaurantes que participam, como no alargamento da um novo concelho, Vila do Bispo.
«Em Portimão, no primeiro ano, conseguimos a muito custo, 30 estabelecimentos, mas no ano passado, na edição exclusiva só de Portimão, em Setembro, tivemos 130 estabelecimentos», disse Nuno Vieira, ilustrando o crescimento que a Rota vai tendo.
É que, salientou, a iniciativa é «uma mais valia em termos de divulgação para os estabelecimentos aderentes, há sempre novas pessoas que passam pelo seu estabelecimento, ganham clientes na rota que depois lá vão ao longo do ano, alguns deles adotam os menus da rota para o seu estabelecimento, menus que se tornam símbolos da casa e enriquecem a sua oferta».
O lançamento da Rota do Petisco 2017, com esta sua primeira de três etapas, será marcado pela Festa de Apresentação da Rota do Petisco Terras do Infante, que terá lugar no dia 4 de Maio, às 20h30, no Centro Cultural de Lagos.
O modelo de funcionamento mantém-se. Os estabelecimentos aderentes apresentam a sua ementa da Rota, na modalidade de “Petisco” (prato+bebida) com o preço unitário de 3 euros, e, na modalidade “ Doce Regional” no valor de 2 euros.
Os “petiscadores” que quiserem participar deverão adquirir o passaporte da Rota nos postos de informação do evento ou nos estabelecimentos aderentes e, a partir de então, escolher os seus destinos, deliciar-se com as iguarias e colecionar carimbos por cada petisco consumido.
Nuno Vieira explicou, na sua entrevista, que a Rota do Petisco, quando surgiu em Portimão, conseguiu «voltar a virar os algarvios e os portimonenses para o centro da cidade, para conhecer ou voltar a ir aos espaços onde já não iam há muito tempo, aumentando a oferta turística naquela época do ano». O mesmo tem acontecido nos restantes concelhos que, desde aí, passaram a estar abrangidos pela iniciativa e que já são nove – além de Portimão, Lagoa, Silves, Monchique, Lagos, Aljezur, e este ano pela primeira vez Vila do Bispo, Faro e Olhão.
O dirigente da Teia d’Impulsos explica que «o turista é um alvo importante, representa cerca de 10 a 15% do movimento da Rota, mas esta é sobretudo uma festa para os residentes», que leva «muita animação e muita gente» aos centros antigos e do comércio tradicional das localidades participantes.
Para já, porque a grande aposta da Rota do Petisco é que as pessoas estacionem os seus carros e depois percorram a pé as ruas onde se situam os estabelecimentos participantes. Uma «pedonalidade» que Nuno Vieira, que até é médico, considera ser «grande vitória». E acrescenta: «logo desde a primeira edição, as pessoas diziam: finalmente voltamos a ver gente no centro da cidade!»
Cada etapa da Rota é enriquecida com «animação cultural, nas ruas, mas o segredo da Rota está na animação que as próprias pessoas levam aos centros antigos das localidades», onde se juntam as pessoas da terra e os outros que vêm de fora.
Quanto à animação, o passaporte da Rota dá ainda acesso a todo um programa cultural, assim como a um conjunto de vantagens, descontos e prémios. Tal como nas edições passadas, o Passaporte da Rota do Petisco volta a ser solidário, revertendo o custo de 1 euro na sua aquisição exclusivamente para o apoio a doze projetos sociais promovidos por instituições locais. Nos quatro anos de existência da Rota Solidária Liberty Seguros, foi possível angariar cerca de 62 mil euros para quinze diferentes projetos.
Nas Terras do Infante, a Rota do Petisco tem como parceiros institucionais a Associação das Terras do Infante e as Câmaras Municipais de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo.
A Rota do Petisco nasceu há sete anos como um projeto de cariz cultural e recreativo, dinamizado pela Associação Teia D’Impulsos (TDI). Com a parceria da Sagres e o apoio de várias entidades locais públicas e privadas, esta é uma iniciativa que visa a promoção da restauração e do comércio local, a divulgação da gastronomia tradicional portuguesa, bem como a revitalização das localidades que a acolhem, através de animação social e cultural, e o enriquecimento da oferta turística da região.
Nos últimos anos, a Rota do Petisco afirmou-se como uma referência no âmbito dos eventos gastronómicos no Algarve e revelou-se capaz de gerar um impacto económico muito significativo.
Só em 2016, o valor total das Ementas da Rota vendidas nos 250 estabelecimentos (distribuídos por seis concelhos) que aderiram à iniciativa, «representou um impacto económico direto calculado em 700 mil euros», salienta a Teia d’Impulsos. Estes são «indicadores que revelam a importância do evento para a dinamização da economia local e a franca adesão do público ao apelo ao Petisco».
«A Rota conseguiu fazer renascer na região um conceito em vias de se perder: petiscar enquanto sinónimo de parar, romper com o quotidiano e conviver com aqueles que nos são mais queridos. “Ir à Rota” é já uma expressão comum no vocabulário dos Barlaventinos»…e que este ano se irá também expandir para os Sotaventinos.
«O que começou por ser um incentivo à tradição local, tornou-se já, uma tradição local». Petiscadores, aos seus lugares, que o tiro de partida soa já a 5 de Maio!
E a nova Rota das Terras da Ria, que engloba os concelhos de faro e de Olhão, também já está em preparação, para arrancar de 2 de Junho a 11 de Julho.
qualquer questão deverão entrar em contacto com a organização através do email rotadopetisco@gmail.com ou através da página de Facebook.