Alcoutim vai passar a ter Orçamento Participativo, um processo em que os cidadãos são desafiados a escolher onde será aplicada determinada verba do Orçamento Municipal. Os alcoutenejos são convidados a propor investimentos de interesse coletivo, num montante global de 100 mil euros, que serão posteriormente votados e integrados no orçamento municipal do próximo ano.
Depois de ter confessado ao Sul Informação, em dezembro passado, que ficou «apaixonado pela ideia» do Orçamento Participativo, da primeira vez que entrou em contacto com um processo desta natureza (em Tavira), o presidente da Câmara de Alcoutim avançou para o terreno.
Os munícipes daquele concelho do interior da região podem apresentar propostas até ao dia 31 de julho, «nos espaços de debate sobre o processo, a realizar em cada uma das freguesias do município, ou através do envio da ficha de proposta, que será disponibilizado nas instalações dos órgãos autárquicos, para a Câmara Municipal ou para o email: opa@cm-alcoutim.pt». A votação das propostas apresentadas decorrerá entre 29 de setembro e 10 de outubro.
A primeira sessão de divulgação e recolha de propostas do OPA terá lugar no salão nobre da Câmara Municipal, na próxima segunda-feira, 7 de julho, pelas 18h30. Estão ainda agendadas mais quatro sessões que decorrerão, no mesmo horário, em dias consecutivos, entre 8 e 11 de julho, nos edifícios das juntas de freguesia de Pereiro, Martim Longo, Vaqueiros e Giões, respetivamente.
«O OP de Alcoutim é um processo deliberativo, pois são os cidadãos a apresentar propostas e a decidir, através de votação, os projetos a incluir no orçamento municipal do ano seguinte. Trata-se de um processo de gestão partilhada entre a Autarquia e a população, cujo objetivo passa por fomentar a participação ativa dos munícipes na discussão das políticas governativas locais», explicou a Câmara alcouteneja.
No processo podem participar todos os cidadãos, com mais de 18 anos, que estejam recenseados no concelho de Alcoutim. Cada cidadão pode apenas apresentar uma proposta, cujo valor não exceda o montante afeto ao OP para este ano. As propostas apresentadas devem ter como base as áreas de competência do município e incidir sobre investimentos de âmbito coletivo.
«Esta medida incentiva a cidadania ativa, promovendo a participação e envolvimento dos munícipes nas dinâmicas de governação e na definição de prioridades, aprofunda a ligação da autarquia com os seus munícipes e contribui para aumentar a transparência da atividade governativa», acrescentou a autarquia.