A Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República vai pedir ao Governo uma intervenção rápida no desassoreamento da Barra da Fuzeta, depois de ter ouvido os argumentos apresentados por uma delegação liderada pela Associação de Armadores de Pesca da Fuzeta (APFF) e que também integrou autarcas de Olhão.
Os elementos desta comissão parlamentar, entre os quais se contam três deputados eleitos pelo Algarve de três forças partidárias distintas – Bruno Inácio (PSD), Miguel Freitas (PS) e Artur Rego (CDS/PP) – acolheram «os argumento e preocupações» dos profissionais da pesca e autarcas olhanenses.
Além de se comprometerem a pressionar o Governo, no sentido de encontrar uma solução célere para o problema, aceitaram visitar a Fuzeta no dia 20 de janeiro, a convite do presidente de Junta local.
Terá havido, de resto, um «consenso total» entre os diferentes partidos representados na comissão, nomeadamente o PSD, o PS, a CDU e o CDS/PP.
Os armadores da Fuzeta foram convocados para ir a Lisboa depois de terem apresentado «uma bem fundada exposição de motivos» sobre a urgência desta intervenção.
Entre eles, «os problemas de segurança provocados pelo assoreamento previsível da Barra da Fuzeta, o impacte nos custos operacionais agravados, a perda de receitas na atividade de pesca e na economia local, onde cerca de 800 pessoas dependem do mar nesta comunidade piscatória».
«Cansados das respostas negativas das diferentes entidades responsáveis pela Barra da Fuzeta e no Cais da Fuzeta, no sentido de resolverem um problema que “nasceu torto” e gerou enorme controvérsia técnico-científica e das gentes do mar conhecedoras dos movimentos das marés e areias, como se veio a comprovar pelos elementos naturais, [os armadores] conseguiram junto da CAM ser acolhidos nos seus argumentos e preocupações», segundo a AAPF.