O Grupo Parlamentar do PCP quer saber quais são os apoios públicos que a Marope Algarve, dona do Hotel Crowne Plaza Vilamoura, está a receber, na sequência de uma denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve de que esta unidade hoteleira «decidiu despedir dirigentes, delegados e ativistas sindicais por terem participado, com outros trabalhadores, numa ação sindical que teve lugar junto ao hotel no dia 24 de Março de 2016».
Segundo os comunistas, a empresa que é dona do hotel «tem beneficiado de diversos apoios públicos, incluindo benefícios fiscais, concedidos pelo Estado Português ao abrigo de programas ao investimento».
Isto levou Paulo Sá, o deputado do PCP eleito pelo círculo do Algarve, a pedir ao Ministério da Economia «a lista completa dos apoios públicos, incluindo benefícios fiscais, concedidos à Marope Algarve – Hotéis de Portugal S.A., desde janeiro de 2010, e ainda cópia dos contratos de investimento e respetivos anexos, incluindo os contratos de concessão de benefícios fiscais, celebrados pelo Estado Português com a Marope Algarve – Hotéis de Portugal».
Para os comunistas, «é intolerável que a administração do Hotel Crowne Plaza Vilamoura despeça trabalhadores por estes exercerem um direito fundamental consagrado na Constituição da República Portuguesa, o direito à liberdade sindical».
Na greve em questão, os sindicalistas distribuíram «um comunicado a denunciar a degradação dos salários e das condições de trabalho, os milhares de euros devidos aos trabalhadores por trabalho suplementar não pago e o aumento da precariedade e da repressão patronal».