Houve mais acidentes na EN 125 desde que a Via do Infante começou a ser taxada, mas destes resultaram menos vítimas mortais. Ainda assim, houve um aumento substancial no número de feridos, nomeadamente ligeiros.
Dados da GNR revelam que, dos 672 acidentes que ocorreram entre 1 de janeiro e 31 de agosto nesta estrada nacional, resultaram seis vítimas mortais, menos cinco que em 2011, ano em que se houve onze mortos em acidentes ocorridos nesta estrada.
Em 2011, o mês de janeiro foi particularmente negro, com cinco mortes a lamentar, situação sem paralelo nos demais quinze meses de ambos os anos que constam dos dados fornecidos, onde se pode ver que só noutros dois meses houve acidentes com mais do que uma vítima mortal, nomeadamente fevereiro de 2011 e maio de 2012, em que morreram duas pessoas na sequência de acidentes rodoviários na EN125.
Nos 130 acidentes que se registaram a mais nos primeiros oito meses de 2012 (em 2011 houve 542 acidentes) houve um aumento substancial de feridos. Enquanto em 2011 foram registados 14 feridos graves e 190 ligeiros, em 2012 os números subiram para 19 feridos graves e 249 ligeiros, respetivamente mais cinco e 59 que no ano anterior.
Estes dados vêm confirmar, em parte, os receios manifestados pelos defensores da suspensão de portagens na Via do Infante, que vaticinaram um aumento de sinistralidade na EN125, mas não confirmaram o cenário mais negro de que também iria aumentar o número de mortos nesta estrada.
A introdução de portagens na A22 levou a que houvesse uma diminuição do tráfego nesta autoestrada para quase metade, em dezembro do ano passado, primeiro mês em que a Via do Infante foi taxada, segundo dados oficiais. Em contrapartida, houve um acréscimo de utilizadores da principal via alternativa, a EN125.
Os dados fornecidos pela GNR, e a que o Sul Informação teve acesso, referem-se apenas aos troços da EN125 sob sua jurisdição, que, apesar de ser quase toda a extensão desta estrada nacional, com cerca de 160 quilómetros, deixam de fora alguns troços, como a zona de acesso à Via do Infante entre Faro e Loulé e outras três zonas, todas elas com menos de cinco quilómetros de extensão.
As fotos são do Carlos Filipe de Sousa