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O PCP acusou o Ministério da Saúde de ter mentido ao Parlamento sobre o encerramento das extensões de saúde de Azinhal e de Odeleite, numa resposta dada ao seu grupo parlamentar, em abril deste ano.

Na altura, o ministério garantiu que a ideia não seria encerrar, «mas, pelo contrário, na “execução de obras de conservação e beneficiação [na extensão de Odeleite], tendo sido considerada prioritária para o corrente ano [2013]” e na informatização da extensão de Azinhal», segundo o Grupo Parlamentar comunista.

Numa altura em que o fecho das duas extensões de saúde já é uma realidade, o PCP, através do seu deputado eleito pelo Algarve Paulo Sá, confrontou o Ministro da Saúde com o encerramento das extensões de saúde de Azinhal e de Odeleite, no concelho de Castro Marim, durante a audição ao membro do Governo, na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014.

Os comunistas lembram a pergunta que fizeram em março deste ano e a resposta que receberam no mês seguinte. «Logo após as eleições autárquicas, o Governo procedeu ao encerramento das extensões de saúde de Azinhal e de Odeleite, com claro prejuízo para a população, muito envelhecida. O Governo mentiu ao Parlamento e às populações do Azinhal e de Odeleite, fazendo crer que iria investir na melhoria das condições de funcionamento das extensões de saúde, quando, na realidade, planeava encerrá-las. Este comportamento do Governo é inaceitável, não podendo deixar de se denunciado pelo PCP na audição com o Ministro da Saúde», revelaram os comunistas.

No âmbito da mesma discussão na especialidade, o PCP aproveitou para questionar o Governo sobre «a fusão dos hospitais de Faro, Portimão e Lagos no Centro Hospitalar do Algarve, a qual, tal como foi denunciado pelo PCP, teve motivações meramente economicistas e se traduz na degradação dos cuidados de saúde prestados no Algarve».

«Em particular, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro da Saúde sobre eventuais orientações, transmitidas ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, para o encerramento de serviços ou valências com vista à redução da despesa pública no setor da saúde. O Ministro optou por não responder a esta pergunta», revelaram os parlamentares do PCP, numa nota de imprensa.

«O PCP vê com crescente preocupação a política levada a cabo pelo atual Governo – traduzida no Orçamento do Estado para 2014 –, que leva à gradual destruição das funções sociais do Estado e, em particular, ao desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, apelando aos profissionais do setor e a todos os algarvios que rejeitem esta política, em defesa do direito à proteção da saúde consagrado na Constituição da República», concluíram.

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