O PCP quer que o Governo esclareça se é a Administração Regional de Saúde do Algarve ou o Centro Hospitalar do Algarve quem tutela o Serviço de Urgência Básica de Vila Real de Santo António, uma indefinição existente desde janeiro de 2013, altura em que estas duas entidades assinaram um protocolo para a gestão desta valência do Centro de Saúde local.
«Esta indefinição repercute-se na assunção de responsabilidades quando há necessidade de adquirir materiais ou medicamentos, pelo que, em diversos períodos, o Serviço de Urgência Básica teve carência de medicamentos e materiais clínicos», afirmou o Grupo Parlamentar do PCP, numa pergunta dirigida ao Ministro da Saúde.
Uma situação que os comunistas temem que esteja ligada à intenção de desmantelar este serviço. «Não são de agora as indefinições e incertezas quanto ao futuro do Serviço de Urgência Básica de Vila Real de Santo António. Num passado recente houve uma tentativa de proceder ao seu encerramento, tendo, porém, a resistência e luta dos profissionais, dos utentes e da população travado tais intentos», ilustrou.
Tendo isto em conta, os deputados do PCP à Assembleia da República também perguntaram ao Ministro da Saúde «se esta indefinição é o prelúdio para o desmantelamento deste serviço de prestação de cuidados de saúde», bem como sobre «as repercussões que tal indefinição tem na aquisição de materiais clínicos e medicamentos e sobre o número de profissionais de saúde» que trabalham neste serviço.
«A existência de um serviço de urgência básica em Vila Real de Santo António é imprescindível na medida em que serve um número significativo de utentes e o serviço de urgência mais próximo – o do Hospital de Faro – se encontrar a 55 quilómetros de distância (a 70 minutos de viagem pela EN 125)», alegaram os comunistas.