O atraso no início das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no concelho de Faro já chegou à Assembleia da República, por iniciativa do Grupo Parlamentar do PCP, que questionou o Governo sobre as razões do atraso no início destas aulas complementares para as crianças que frequentam o 1º ciclo «no sentido de apurar responsabilidades e de exigir uma rápida resolução do problema».
Para os comunistas, este atraso «causa óbvios prejuízos aos alunos e sérios transtornos aos pais e encarregados de educação». Uma situação que a Câmara de Faro assumiu, num comunicado enviado ás redações na segudna-feira, anunciando que decidiu delegar nas Associações de Pais das diferentes escolas do 1º ciclo a responsabilidade de contratar os professores necessários, no sentido de agilizar o processo. Já o atraso, deve-se, «sobretudo, às restrições impostas pela Lei dos Compromissos», justificou a autarquia farense.
«Também no ano letivo de 2011/12, o início das AEC nas escolas do concelho de Faro sofreu consideráveis atrasos, tendo, na altura, a Câmara Municipal de Faro responsabilizado o Ministério da Finanças pelo atraso e o Ministério das Finanças, pelo seu lado, responsabilizado a Câmara Municipal de Faro», recordou o PCP.
«Este ano letivo, os erros do passado repetem-se e quem sofre, mais uma vez, com a incúria da Câmara Municipal de Faro e do Governo são os alunos e os seus pais e encarregados de educação», acusaram, ainda, os comunistas.