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O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo sobre a construção da nova área comercial do grupo IKEA que irá ser construída em Loulé. Os comunistas querem saber quais as medidas que serão tomadas para salvaguardar o impacto que esta unidade terá no comércio tradicional e pediram esclarecimentos sobre a construção em área agrícola.

O tema IKEA foi abordado em duas perguntas distintas, uma dirigida ao Ministério da Economia e do Emprego e a outra ao Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

As questões ambientais associadas ao projeto do IKEA de Loulé foram levantadas pela Quercus, mas o Grupo sueco garantiu que estava a respeitar todas as leis e que faz questão de seguir uma política ambiental responsável.

No requerimento enviado ao ministério do Ambiente o PCP procura saber quais os fundamentos que o Governo e a CCDR Algarve se valeram para ter «concordado com o Plano de Urbanização Caliços-Esteval, sabendo que terrenos da Reserva Agrícola Nacional (RAN) serão utilizados para a instalação de uma grande superfície comercial».

Por outro lado, questionou se foram avaliadas alternativas para instalação a superfície comercial e se o Governo considera «compatível com o princípio do correto ordenamento do território a instalação de superfícies comerciais em terrenos da Reserva Agrícola Nacional».

Noutro requerimento, o PCP lembrou o impacto que a crise está a ter ao nível de desemprego, com as consequências que isso traz para os pequenos comerciantes. «Esta situação é agravada pelo crescimento desenfreado das grandes superfícies comerciais, assim como pela desregulação dos horários comerciais, ameaçando tornar residuais os formatos tradicionais de comércio», defendeu o Grupo parlamentar comunista.

«O PCP tem defendido a fixação de um quadro legal que garanta o equilíbrio entre os diversos formatos comerciais, bem como um ordenamento do território e um urbanismo comercial que salvaguardem uma perspetiva integrada e valorizadora do desenvolvimento económico e de proteção do ambiente», acrescentou.

«Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Economia e do Emprego sobre o impacto no comércio tradicional da abertura da nova área comercial do grupo IKEA no concelho de Loulé, assim como as medidas que irão ser tomadas para defender o comércio local e salvaguardar os seus postos de trabalho», disseram os comunistas, numa nota de imprensa.

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