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Uma Proposta de Lei e um Projeto de Resolução que pediam a suspensão das portagens na Via do Infante foram chumbados esta sexta-feira pela Assembleia da República. As propostas do Bloco de Esquerda e do PCP, respetivamente, foram apresentadas na sequência da discussão de nova petição apresentada pela Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI).

Cerca de 20 ativistas anti-portagens marcaram presença nas galerias da AR e acabaram expulsos, depois de terem iniciado um protesto com faixas e gritando palavras de ordem.

O desfecho da votação já era esperado, mas até teve algumas novidades em relação a outras propostas para suspensão da cobrança de taxas na A22, apresentadas pelo mesmos partidos. Desta feita, houve quatro deputados do PS que votaram a favor do Projeto de Lei apresentado pelo BE, entre eles o deputado eleito pelo círculo do Algarve Miguel Freitas, bem como outros dois que se abstiveram. Os outros votos a favor vieram dos eleitos do BE, do PCP e dos Verdes.

A proposta do PCP, igualmente chumbada, já não contou com votos a favor dos socialistas, mas, ainda assim, viu seis dos elementos da bancada parlamentar do PS a abster-se. Uma «evolução positiva», na visão do membro da CUVI João Vasconcelos, que foi um dos ativistas que assistiu à votação e que acabou expulso, logo depois desta terminar.

«Infelizmente, a maioria do PSD e do CDS voltou a votar contra, o que é lamentável», acrescentou, por outro lado. Ainda assim, «a luta é para continuar», até porque, acreditam os ativistas anti-portagens, a cobrança de taxas na A22 está a ter um efeito nefasto não só para a economia da região, mas também na segurança rodoviária.

«Ainda temos esperança que isto mude. Se não tivéssemos, não vínhamos aqui [a Lisboa]. Este quadro político vai mudar muito em breve», acredita. Além disso, «há cada vez mais autarcas do PS, no Algarve, a aprovar moções a pedir o fim das portagens».

Quanto à expulsão do hemiciclo, João Vasconcelos conta que o grupo de cerca de 20 ativistas que vieram do Algarve levou consigo «Faixas e camisolas a denunciar a vergonha que são as portagens» e também gritaram palavras de ordem. «Fomos todos expulsos e identificados», revelou.

No domingo assinalam-se dois anos desde a introdução de portagens na Via do Infante, mas ainda não é certo que a CUVI leve a cabo alguma iniciativa de protesto. «Ainda vamos equacionar se haverá alguma surpresa», limitou-se a dizer João Vasconcelos.

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