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Protesto Ibérico anti-Portagens na Ponte do Guadiana_22Um almoço-debate e uma marcha lenta contra as portagens na A22 estão marcados para este sábado, 23 de Maio, em Almancil, numa iniciativa da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI).

O almoço-debate terá lugar às 13h00, no Restaurante “Brasas & Filhos”, em Almancil. Às 16h00, do parque do restaurante, partirá uma marcha lenta de viaturas em protesto, passando pelo Sítio do Além (S. João da Venda) e Variante Almancil (zona poente), onde serão colocados memoriais e feito um minuto de silêncio em homenagem às Vítimas da EN125.

Os manifestantes vão ainda pedir aos condutores em circulação que se associem em homenagem às vítimas, avisando ainda que «poderão ocorrer outras ações não previstas».

A CUVI defende que «as portagens impostas pelo governo PSD/CDS e com o apoio do PS, já há quase três anos e meio, estão a arruinar o Algarve e as suas populações», dizendo que «chegou a hora de confrontar os responsáveis políticos – à porta das eleições legislativas – pelas desastrosas consequências das portagens na região».

Por isso, as iniciativas deste sábado vão incidir, principalmente, na homenagem às vítimas tombadas na EN125. «Temos um verdadeiro estado de guerra na região com uma média de 20 acidentes por dia, ou seja, cerca de 600 acidentes por mês e 7.300 por ano, a maioria na EN125, onde muitas famílias foram destroçadas! Já são mais de 100 vítimas mortais e muitas centenas de feridos graves. Nos últimos dias assistimos a mais mortos e feridos graves na EN125», frisa a CUVI.

A Comissão de Utentes recorda que «é um grande suplício circular na EN125», que «não passa de uma rua urbana e a sua requalificação continua a marcar passo».

Para a CUVI, «as portagens contribuíram para o agravamento da crise social e económica, com muitos milhares de desempregados a mais e centenas de falências de empresas. A economia e o turismo continuam a ser gravemente afetados».

Por outro lado, defendem, «a Via do Infante é uma PPP muito ruinosa, pois mesmo com a cobrança de portagens dá um prejuízo anual de 40 milhões de euros». «Somos todos nós a pagar» e «quem engorda são os proprietários da concessionária».

«O contrato tem cláusulas secretas o que é inadmissível e muito grave – em nome da transparência exige-se a sua divulgação pública».

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