O Bloco de Esquerda exige saber quando é que as unidades algarvias do Serviço Nacional de Saúde vão passar a proporcionar exames médicos PET – exame de tomografia por emissão de positrões.
O deputado bloquista eleito pelo Algarve João Vasconcelos e o seu colega de bancada Moisés Ferreira questionaram o Governo sobre as disparidades existentes no país no acesso aos exames PET, as quais consideram «um inegável constrangimento para uma parte significativa da população».
O exame PET é uma técnica imagiológica não invasiva que permite a deteção de alterações do metabolismo celular, passível de diagnosticar alterações ainda não identificadas por outros meios imagiológicos.
«De acordo com um relatório da Entidade Reguladora da Saúde, o acesso à realização do exame PET é bastante desigual em Portugal com uma clara penalização da população algarvia, onde não existe qualquer equipamento deste tipo. Ao longo dos últimos anos e particularmente nas especialidades de oncologia, neurologia e cardiologia, as indicação clínicas para a realização deste exame têm vindo a aumentar», enquadram os deputados bloquistas.
Segundo o mesmo documento, «existem apenas doze estabelecimentos dotados com o equipamento necessário à realização do exame PET, sendo que quatro se situam na zona de influência da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, dois no centro, seis na zona de Lisboa e Vale do Tejo, sendo que não há nenhum equipamento no Algarve».
«Destes doze equipamentos, apenas cinco estão no setor público. Esta situação carece de análise e intervenção de modo a assegurar uma melhor disponibilização de oferta pública de acesso a este equipamento», defendem os deputados do Bloco de Esquerda.
Isto leva João Vasconcelos e Moisés Ferreira a questionar o Ministério da Saúde sobre os planos que tem para alargar o acesso a exames PET no país e quais as medidas que pensa implementar para garantir o alargamento dos equipamentos para realização de exames PET disponíveis na rede pública do SNS.