O PCP questionou o Governo sobre os problemas que se têm vindo a verificar «com bastante frequência» na Linha do Algarve, que já motivaram a supressão de comboios e atrasos na circulação.
Segundo o Grupo Parlamentar comunista, a situação é recorrente, pelo que querem saber o que está o Governo a fazer «para evitar (ou pelo menos para reduzir significativamente)» estes problemas.
Na pergunta dirigida ao Governo, o deputado do PCP eleito pelo Algarve Paulo Sá elenca várias situações concretas, para sustentar o seu pedido. Durante o mês de Dezembro, o comboio que devia partir às 7h05 de VRSA acabou por não circular, em diferentes dias, o que provocou «atrasos de 20 minutos (em média) na partida do comboio Intercidades Faro-Lisboa».
Já em Janeiro, no dia 12, «verificou-se uma avaria na sinalização entre Faro e Lagos, provocando atrasos significativos (entre 35 e 45 minutos)». Nos dias seguintes, 13 e 14 de Janeiro, foram suprimidos dois comboios. Num dos dias, «a avaria do motor de uma automotora provocou a supressão de um comboio, levando a atrasos superiores a uma hora».
No outro, foi «suprimido um comboio que efetuava a ligação Lagos-Faro, tendo sido substituído por um autocarro (o qual, contudo, não fez todas as paragens do comboio)», o que levou a um atraso no comboio Alfa Pendular que parte de Faro às 7h00.
«Nos dias 17, 19 e 22 de Janeiro, avarias nas automotoras provocaram atrasos significativos em algumas ligações. No dia 23 de Janeiro, um problema no comboio regional que efetua a ligação Vila Real de Santo António – Faro provocou um atraso de 13 minutos no comboio Alfa Pendular que parte de Faro», acrescentaram os comunistas.
Os atrasos e supressões que se estão a verificar estão relacionados com «um conjunto de problemas na Linha do Algarve para os quais o PCP tem vindo a chamar a atenção».
Os comunistas defendem que, antes de estar concluída a eletrificação completa da Linha do Algarve, «poderiam e deveriam ser realizadas outras intervenções, visando a prestação aos utentes de um serviço de melhor qualidade, designadamente a melhoria do material circulante (automotoras a diesel), garantindo a sua fiabilidade e maior comodidade para os utentes».
Desta forma, também perguntaram se o Governo reconhece «a necessidade de realizar, desde já, um conjunto de intervenções (mesmo antes da concretização da eletrificação da Linha do Algarve), em particular ao nível da melhoria do material circulante, garantindo a sua fiabilidade e maior comodidade para os utentes».