A questão das demolições nas ilhas da Ria Formosa volta à Assembleia da República no início de março, por iniciativa do PCP.
O Grupo Parlamentar comunista apresentou o Projeto de Resolução «Pela suspensão das demolições nas ilhas-barreira da Ria Formosa», que será discutido a 4 de março na Comissão Parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local e votado em plenário no dia 6 de março.
Nesta proposta, o PCP exige ao Governo a adoção de diversas medidas, que passam, desde logo, pela «suspensão imediata das demolições nas ilhas-barreira da Ria Formosa».
Além disso, pedem uma revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura-Vila Real de Santo António, «designadamente reconhecendo a existência dos núcleos urbanos das ilhas-barreira, assim como o valor social, económico e cultural que lhes está associado, e abandonando a intenção de os renaturalizar».
Outra exigência dos comunistas é que se usem as verbas destinadas às demolições para ações de requalificação dos núcleos urbanos das ilhas e «para apoiar as atividades económicas associadas à pesca, ao marisqueio e à exploração dos recursos da Ria Formosa».
Por fim, pedem a requalificação dos espaços balneares das ilhas, do sistema de transportes que lhes dá acesso «ao longo de todo o ano» e da Ria Formosa, em si, «visando a melhoria ou a manutenção das condições de escoamento e da qualidade da água, assim como de proteção da orla costeira de processos de erosão».