A esmagadora maioria dos consumidores portugueses (81%) não estão a fazer nada para assegurar uma reforma tranquila, conclui um estudo Cetelem sobre Literacia Financeira, que alarga este ano os parâmetros em análise e procura saber se os portugueses estão, de alguma forma, a preparar a reforma.
O mesmo estudo analisa a forma como poupam os consumidores que declaram estar a preparar a saída da vida ativa. Entre as diferentes alternativas, a conta a prazo é aquela que reúne mais adeptos (9%), seguida pelos PPR (Plano de Poupança Reforma), que conquistam 3% dos portugueses.
A percentagem de inquiridos que recorre ao investimento em produtos bancários, como ações e obrigações (1%), e ao mealheiro tradicional (0,4%), é praticamente residual.
«Todos idealizam uma reforma tranquila depois de longos anos de trabalho, mas poupar para preparar um futuro tão distante não é, na maioria das vezes, uma prioridade imediata para os consumidores. Este estudo revela que há ainda muito a fazer para sensibilizar as pessoas para a necessidade de poupar ao longo da vida de forma a garantir uma reforma sem atritos e uma maior independência financeira. E quanto mais cedo se começar a investir no futuro a longo prazo, mais dinheiro se consegue capitalizar até à idade de aposentação», explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.
O estudo Cetelem sobre a Literacia Financeira foi realizado entre os dias 16 e 19 defevereiro em colaboração com a Nielsen, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de +4.4 para um intervalo de confiança de 95%.